Se é o Estado a substância ética consciente de si, a reunião do princípio da família e da sociedade civil; a mesma unidade que há na família como sentimento do amor, tal se infere por essência do Estado; a qual, porém, mediante os princípios da vontade celestial, é ativa por si.
Portanto que a religião é a essência da verdade absoluta, que deve valer como direito e justiça, como dever e lei — isto é, concorde princípios morais — pode valer somente na medida em que tem parte naquela verdade, subsumpta por ela e de si decorrente. Mas, para que aquilo que é verdadeiramente ético seja conseqüência da religião, requer-se que a religião tenha o conteúdo verdadeiro, isto é, a idéia de Deus nela seja a verdadeira.
Então, sendo certo de que, em uma democracia, a maioria dos cidadãos é capaz de exercer o maior controle sobre a minoria, quando quer que prevaleçam princípios morais nesse tipo de política, como freqüentemente deve ocorrer; por conseguinte se seria inadmissível consentir à opressão das minorias — estas que, a proporções muito maiores, conduzem a sociedade há algo muito maior do que quase nunca foi temida a partir do domínio de um único cetro.
Seu despotismo se apresenta freqüentemente como o reparador de todos os males sofridos; como se fosse o apoio da razão, o sustentáculo dos oprimidos e o instaurador da ordem. Então os povos adormecem no seio da prosperidade momentânea que ele propicia; e, quando despertam, estão na miséria.
Aqueles que afinal consideram o cristianismo como um mal ou alguma coisa de profano, e que não têm como ordenação verdadeira da vida reger e ser regidos pelo amor natural, pela divindade ou pela nobreza inata, mercê da fé e da confiança — e vice-versa o domínio das leis como um estado de coisas corrupto e injusto —, esquecem o fato de que as estrelas, como também outros, são regidos por leis, e muito bem regidos.
Por Leopoldo Aurer
Então, sendo certo de que, em uma democracia, a maioria dos cidadãos é capaz de exercer o maior controle sobre a minoria, quando quer que prevaleçam princípios morais nesse tipo de política, como freqüentemente deve ocorrer; por conseguinte se seria inadmissível consentir à opressão das minorias — estas que, a proporções muito maiores, conduzem a sociedade há algo muito maior do que quase nunca foi temida a partir do domínio de um único cetro.
Seu despotismo se apresenta freqüentemente como o reparador de todos os males sofridos; como se fosse o apoio da razão, o sustentáculo dos oprimidos e o instaurador da ordem. Então os povos adormecem no seio da prosperidade momentânea que ele propicia; e, quando despertam, estão na miséria.
Aqueles que afinal consideram o cristianismo como um mal ou alguma coisa de profano, e que não têm como ordenação verdadeira da vida reger e ser regidos pelo amor natural, pela divindade ou pela nobreza inata, mercê da fé e da confiança — e vice-versa o domínio das leis como um estado de coisas corrupto e injusto —, esquecem o fato de que as estrelas, como também outros, são regidos por leis, e muito bem regidos.
Por Leopoldo Aurer
