Obrigações morais, princípios éticos

sábado, 5 de setembro de 2009 § 1

As pessoas estão acostumadas a acreditar que seus sentimentos em assuntos desta natureza são melhores do que razões e as interpretam como desnecessárias, mas quando se trata de princípios, não adianta tentar contradizê-los apelando com argumentos sentimentais. Algumas regras de conduta devem ser impostas, em primeiro lugar, pela lei e, em muitas coisas que não são matéria adequada à operação da lei, pela opinião. Não é opção, o caminho é único: é dever de a mulher respeitar o novo ser abrigado provisoriamente em seu útero.

Legislar a favor de “impressões pessoais”, ou de uma suposta “dignidade do casal” ou suposto “direito da mulher”, é condenar à morte um ser humano. A conseqüência dessa consideração é que nada poderá justificar o tirar diretamente a vida de um inocente, nenhuma razão ou pretexto, por mais louváveis e bem intencionados que sejam, como proteger a vida de outrem, salvar a honra de alguém, diminuir a pobreza da família, evitar o escândalo, etc.

É princípio básico de moral que não se pode fazer diretamente o mal para se obter um bem. A vontade de todos os outros em querer impor-lhes a obrigação de não desistir de uma vida particular deve ser assegurada. Sua vontade é meramente unilateral e, como tal, tem exatamente tão pouca força legal para negar sua posse quando, por seu lado, não tem para afirmá-la pois a força legal apenas pode se encontrar na vontade geral.

A distribuição de preservativos também, como prevenção para o problema, insinua e inclui como pressuposto a promiscuidade, uma das principais causas da AIDS, convidando ao desregramento sexual. O fim bom não justifica utilizar meios perversos. O uso dos preservativos acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo!

Isto, em parte, devido ao fenômeno conhecido como compensação de risco, que significa que quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco como a camisinha, tal pessoa freqüentemente perde o benefício (a redução do risco — isto é, com a fidelidade, a abstinência e a monogamia) por compensar ou ter maiores chances de que alguém teria sem a tecnologia de redução de risco.

Por Leopoldo Aurer

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§ 1 Response to “Obrigações morais, princípios éticos”

  • Anônimo says:

    Certamente as pessoas vêem como estimulo/compensação poder utilizar de meios que substituem o comportamento correto, levando a consequencia como justificativa para o comportamento errado, criando moralmente uma falsa afirmativa do "quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? na qual se pensa: "que importa quem veio primeiro?", quando sabemos que sem o comportamento errado não existe a consequencia.

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